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Aniversário

Instituto Federal de Sergipe completa 105 anos com olhar voltado para o futuro

Escrito por GERALDO BULHOES BITTENCOURT FILHO | Criado: Quinta, 22 de Setembro de 2016, 17h58 | Publicado: Sexta, 23 de Setembro de 2016, 17h00 | Última atualização em Quarta, 28 de Setembro de 2016, 17h20

A instituição foi implantada em 1911 para qualificar os menos favorecidos

No começo do século XX, as demandas do mundo eram pouco parecidas com as de hoje. A mídia de massa mais popular era o rádio. O trem a vapor ainda era o meio de transporte mais ágil. O mundo assistia ao surgimento do modernismo como expressão artística e à eclosão da I Guerra Mundial. Já o Brasil sentia ainda os primeiros efeitos da pós-escravatura e do fluxo migratório do campo para a cidade. Dentro desse contexto de mudanças globais, em 1911 é instalada em Aracaju a Escola de Aprendizes Artífices de Sergipe (EAA-SE), que após inúmeras transformações se tornou o Instituto Federal de Sergipe (IFS) – instituição que hoje, 23 de setembro, completa 105 anos e passa por transformações que vão solidificar as bases da educação tecnológica no estado.

laboratórioA Escola de Aprendizes Artífices de Sergipe foi a última a ser instalada no Brasil. A escola, porém, já tinha na sua atuação a motivação nobre que permanece até os dias de hoje: capacitar os chamados “desfavorecidos da fortuna” em profissões de boa empregabilidade. Na época, foram oferecidas inicialmente 120 vagas nos cursos Primário e de Desenho, além dos ofícios de Ferraria e Mecânica, Alfaiataria e Marcenaria – mais tarde foram acrescidos também os de Sapataria e Selaria. Cerca de cem anos depois, o IFS modernizou-se e coloca à disposição da comunidade cursos não apenas de nível técnico, mas também de nível superior e de pós-graduação em nível de mestrado.

A celebração dos 105 anos do IFS é justificada, principalmente, pelos bons resultados que foram obtidos recentemente. Em lista divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), o bacharelado em Engenharia Civil do Campus Aracaju foi apontado como o sexto melhor entre todos os cursos do Brasil, ficando à frente de instituições tradicionais e que ofertam o curso há mais tempo. Se a perspectiva for voltada apenas aos institutos federais do Brasil, a posição é de ainda mais destaque: o IFS é o sexto melhor. Por fim, no final de 2015, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou o primeiro mestrado próprio do IFS, na área de Gestão do Turismo - hoje, o curso está em pleno funcionamento e possui dez alunos matriculados de forma regular.  

Ampliação

Em Sergipe, o Censo da Educação Básica de 2013 mostrou que o número de novos estudantes cresceu, em sete anos, 953%, 8,7% mais do que a média nacional. Após a “ifetização” foram implantados campi nas cidades de Estância, Itabaiana, Propriá, Tobias Barreto e Nossa Senhora da Glória. Além disso, com a transformação em Instituto Federal, a antiga Escola Agrotécnica passou a englobar a mesma estrutura do IFS e tornou-se o Campus São Cristóvão, bem como a Unidade Descentralizada (UNED) foi transformada no Campus Lagarto. Está prevista, ainda, a implantação de campi do IFS em Poço Redondo e em Nossa Senhora do Socorro.

Algumas cidades que receberam mais recentemente o IFS passaram a contar com uma infraestrutura predial nova e completa. O município de Estância, por exemplo, foi o primeiro a funcionar em um prédio novo, que é dotado de três blocos com 12 salas de aula para até 50 alunos, 13 laboratórios, biblioteca, cantina, área de convivência e mais a área administrativa, que inclui, entre outras coisas, auditório, sala dos professores, departamento médico, setor financeiro e de apoio ao ensino. O terreno tem cerca de 55 mil m2, dos quais 5.597,65 m2 são de área construída. Estão previstas, ainda, inaugurações em Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro, além da entrega do prédio da didática do Campus São Cristóvão e da ampliação do Campus Aracaju.

ok2O reitor do IFS, Ailton Ribeiro de Oliveira, enfatiza que a atual gestão se preparou para a expansão do IFS e investiu cerca de R$ 100 milhões em construções, laboratórios, transportes, internet e biblioteca. "Em 2010 nós fizemos um diagnóstico e investimos em diversas áreas. Para as Bolsas Qualificação foram aplicados mais de R$ 2,6 milhões. O IFS também destinou cerca de R$ 9 milhões às Bolsas de Pesquisas para os alunos. Ofertamos dezenas de auxílios e investimos em iniciação científica, além de ajudas financeiras como incentivo à permanência e à conclusão de curso. Além disso, nossos discentes possuem seguro de vida e têm à disposição uma academia de ginástica", revela com entusiasmo o reitor.

Inovação

Ciente da importância da contribuição que uma instituição voltada à educação pode oferecer ao ensino, à pesquisa e à extensão, o IFS tem desenvolvido uma política de incentivo a iniciativas inovadoras, através da Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), e obtendo muitos resultados positivos. Prova disso é que, no Ranking dos Depositantes Residentes de Patentes de Invenção 2015, divulgado pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), o instituto ocupa o 38º lugar, com 10 patentes depositadas no ano.

É importante ressaltar que apenas dois IFs da Rede Federal integraram esse ranking: o IFS, primeiro colocado da rede, e o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Ao ampliar a abrangência, os números na área Registro de Propriedades Intelectuais são ainda maiores: 18 patentes, 9 softwares e 17 marcas. A pró-reitora de Pesquisa e Extensão, Ruth Sales Gama de Andrade, explica que o destaque alcançado pelo IFS é resultado de uma série de ações de estímulo à pesquisa e inovação, alavancadas após 2010, quando a instituição consolidou o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), criado em 2008.

Apoio ao ensino

Todos os investimentos do IFS foram feitos em áreas cruciais para o desempenho do Instituto e dos estudantes. As bibliotecas, em especial, têm grande destaque nessa conquista, uma vez que foram destinados mais de R$ 2,2 milhões no acervo bibliográfico, além da profissionalização do quadro, hoje composto por 31 técnicos com formação específica. São disponibilizados à comunidade acadêmica mais de 55 mil exemplares de livros, 117 mil e-books e 37 mil títulos no site de Periódicos da Capes. O IFS possui ainda uma editora própria, a EdIFS, com a qual é possível materializar os trabalhos acadêmicos e pesquisas científicas dos servidores do Instituto por meio de livros e revistas. A editora foi lançada em dezembro de 2015 e já tem 20 livros publicados.

Foto 1 Cassiano na cerimônia de graduação da High School 1A oportunidade de estudar no exterior, em universidades de países como Canadá, Finlândia e Estados Unidos, que são referências em educação, também é proporcionada pelo IFS para alunos e professores através da Assessoria Internacional. Duas das maiores conquistas nesse quesito aconteceram com os alunos Bruno Santos Nascimento, que participou de intercâmbio no Jackson College, localizado no Michigan, e Cassiano Santana, que foi aceito com bolsa integral pela Babson College, considerada uma das melhores escolas de negócios do mundo, que fica em Wesllesley, Massachusetts. Além disso, Cassiano foi Jovem Embaixador pelo Departamento de Estado dos EUA e Global Citizen of Tomorrow pela British Petroleum, programa pelo qual estudou um ano do Ensino Médio em Chicago.

Reconhecimento

4O Governador do Estado, Jackson Barreto, reconhece a importância da educação prestada por instituições como o IFS para a vida da população. “O ensino profissionalizante abre portas no mercado de trabalho, atende às exigências atuais da economia e ajuda a fixar o aluno em seu município de origem, uma vez que, com formação e trabalho, ele não precisa mais se deslocar para os grandes centros atrás de emprego”, diz Barreto. “Sou fruto da escola pública e sei a importância do bom ensino na vida do cidadão, principalmente nas famílias pobres. O IFS é parceiro na tarefa de interiorizar o ensino técnico. Parabenizo a instituição pelos mais de cem anos de contribuição para a formação profissional da nossa juventude”, complementa.

Eduardo AmorimEx-aluno do IFS, o senador Eduardo Amorim também tem motivo de sobra para se orgulhar da instituição na qual obteve a bagagem para ser aprovado, na primeira tentativa, no vestibular de medicina. Amorim explica que o IFS é uma escola pública extremamente qualificada e que possui grande referência no âmbito educacional. “Tive o privilégio de sair do IFS e ir direto para a UFS iniciar os meus estudos para ser médico na época que nem existiam cotas. Eu sou um grande exemplo do quanto o aluno sai preparado de lá. Em meio a tantas crises, ainda temos o IFS para nos orgulhar", revela o senador.

1 AmâncioA marca de 105 anos de atuação alcançada pelo IFS merece destaque. Na época do surgimento, Aracaju era uma jovem cidade de quase 50 anos que despontava como potência comercial da região. Desde cedo, a educação profissionalizante serviu como um atalho para impulsionar o município econômica e socialmente. “As histórias da instituição e da cidade se confundem. A evolução de uma está ligada a da outra. Além disso, está no cotidiano do sergipano. Todo mundo sempre conhece alguém que estudou ou está estudando no IFS. É um vínculo muito forte”, explica Amâncio Cardoso, professor de história do IFS.

O reitor Ailton Ribeiro de Oliveira assinala que o IFS é a soma da contribuição de todos os que passaram pelos seus corredores em todas as épocas: “Hoje é um dia de felicidade e de reconhecimento. Parabenizo alunos, técnicos administrativos, professores e colaboradores, do presente e do passado, bem como todos os gestores que fazem parte dessa administração compartilhada e inclusiva que luta diariamente para continuar colocando o IFS no rol das melhores instituições do gênero no Brasil”. Que venham os próximos 105 anos!

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