Despertando para a ciência O estímulo à produção científica logo nos primeiros anos do Ensino Médio coloca IFS em posição de destaque entre instituições de ensino sergipanas.

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O desenvolvimento de pesquisas científicas é, sem sombra de dúvidas, um dos principais fatores para o incremento da inovação tecnológica de uma nação. No Brasil, o investimento em ciência ainda é menor que na maioria dos países desenvolvidos, mas os números na área vêm sendo paulatinamente ampliados, nos últimos anos. O parque tecnológico brasileiro foi aprimorado, tem havido um acréscimo no quantitativo de mestres e doutores e é inegável a ampliação das universidades, tanto em infraestrutura quanto em recursos humanos. Ou seja, estamos no caminho certo, mas ainda há muito a ser feito. É imprescindível que tenhamos cada vez mais cientistas fazendo ciência de alta qualidade, destacando-se mundialmente, publicando em periódicos conceituados e, acima de tudo, produzindo um conhecimento científico que possa ser aplicado na vida cotidiana, melhorando e facilitando a vida dos cidadãos. Uma das estratégias para alavancar a produção de pesquisas no Brasil é estimular a iniciação científica nas escolas. Isso já é uma realidade no Instituto Federal de Sergipe (IFS), onde os alunos têm contato, desde os primeiros anos do Ensino Médio, com atividades práticas em laboratórios, o que faz brotar nesses jovens o gosto pela ciência.
Por isso mesmo, o IFS está na contramão do que vem acontecendo em inúmeras escolas brasileiras, que oferecem um ensino fortemente direcionado à aprovação em processos seletivos que são porta de entrada para o ensino superior. Com foco na excelência do ensino e na alta qualificação do corpo docente, o instituto valoriza o desenvolvimento de atividades práticas entre seus alunos desde cedo. Isso acaba por fomentar no instituto a produção de pesquisa e inovação, além da formação de profissionais com alta empregabilidade, que conseguem se inserir facilmente no mercado de trabalho. Para a pró-reitora de Pesquisa e Extensão do IFS, professora Ruth Sales, o grande diferencial do instituto é justamente o incentivo à pesquisa, à extensão e à inovação. “Isso fortalece a formação do estudante, que já com 14, 15 anos, assim que ingressam na instituição, estão envolvidos com projetos científicos. Muitos dos nossos alunos saem no Ensino Médio já com artigos publicados, inclusive em revistas internacionais, o que acaba enriquecendo bastante o currículo do egresso”, afirma.

ACESSO RÁPIDO AO MUNDO DE TRABALHO O alto nível de empregabilidade é, sem dúvida, uma característica dos cursos oferecidos pelo IFS. Os egressos da instituição, além de possuírem uma formação acadêmica e cidadã bastante ampla, moderna e qualificada, têm o diferencial da experiência com a pesquisa e o contato mais íntimo com a prática profissional, por meio de visitas técnicas e estágios supervisionados, sejam eles curriculares ou não.
No IFS, como enfatiza a pró-reitora de Ensino, Sandra Costa, o aluno tem uma série de oportunidades, que vão além do que se oferta na maior parte das instituições de ensino. “Além de ter acesso a um ensino gratuito de qualidade, no instituto o aluno vislumbra várias possibilidades. Nos cursos integrados, é oferecido o Ensino Médio e um curso técnico, através do qual o estudante sai pronto para o mercado, além de poder trabalhar com pesquisa, que é o nosso grande diferencial, pois já no início do curso ele tem contato com a iniciação científica. Isso desperta nos estudantes a curiosidade, a autonomia, a vontade de aprender mais, e isso não se vê em qualquer instituição”, assegura. Para Chirlaine Gonçalves, diretora de Pesquisa e Inovação do IFS, um dos principais papéis da instituição é fazer com que o aluno saia capacitado para acessar mais facilmente o mercado de trabalho. “Nesse processo, a pesquisa ocupa um papel de destaque, principalmente quando o aluno consegue avançar e desenvolver uma inovação, um melhoramento para a realidade em que ele está inserido. Com certeza, o aluno sai do IFS com um perfil diferenciado, tanto no que se refere a currículo, como na questão do raciocínio lógico, em dar uma resposta rápida a problemas”, explica.

COMO É A TEORIA, NA PRÁTICA? O aprendizado, no IFS, vai muito além da sala de aula. É claro que os docentes ministram aulas teóricas e no formato tradicional, como não poderia deixar de ser. Mas o contato com a prática é buscado a todo o momento pela comunidade acadêmica, já que os cursos oferecidos na instituição também buscam atender às demandas apresentadas pelo mundo do trabalho. O que é raro em outras instituições de ensino, no instituto é parte do cotidiano. A teoria é aliada à prática nas mais diversas atividades, desde aulas, visitas técnicas e estágios até o engajamento aos projetos de pesquisa. Importante destacar que a pesquisa no IFS, ao contrário do que acontece nas universidades, é aplicada, ou seja, o desenvolvimento científico deve sempre estar relacionado aos benefícios que ele poderá trazer para a sociedade. Docente de Eletrônica do Campus Aracaju, Nara Strappa conta que o desenvolvimento de pesquisas entre alunos do Ensino Médio fortalece o conhecimento adquirido na sala de aula. “Mais que isso, muitos estudantes que participam de projetos vão além do que aprenderam na teoria, como é o caso da área de Robótica. Ao chegar à universidade, eles já estão mais bem preparados, sabendo produzir banners, escrever artigos, muitos deles já têm até publicações no currículo”, relata.
Além de formar profissionais com alta empregabilidade, IFS prioriza fomento à produção de pesquisa e inovação
Sâmela Duarte Aluna do IFS e futura estudante de Psicologia destaca papel da pesquisa no currículo do egresso do instituto. Chirlaine Gonçalves Diretora de Pesquisa e Inovação ressalta papel dos institutos federais no desenvolvimento de pesquisas. Ruth Sales Diferenciais do profissional formado pelo IFS são enfatizados pela pró-reitora de Pesquisa e Extensão. Bruno Almeida Aluno do 3º ano do integrado de Eletrônica fala sobre importância das atividades práticas na formação.
Um profissional diferenciado para um mercado competitivo
O povo fala, os profissionais comprovam, as empresas confiam e não se arrependem. O egresso do IFS é sim um profissional com formação bastante diferenciada, um currículo abrangente, rico em experiências práticas e diversificadas, que envolvem não apenas o ensino, como também a pesquisa e a extensão. Prova disso é que muitos dos nossos egressos já se encontram, desde que saíram da sala de aula, em posição de destaque no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo. Vânia Tavares, gerente geral da Propagtur, ressalta o fato de que o IFS é uma das poucas instituições de ensino que se preocupam em buscar um diálogo mais próximo com as empresas. “É muito importante que o aluno entenda a teoria, mas também conheça de perto a prática, porque não adianta fornecer apenas o conhecimento teórico, se o estudante não conhece o ambiente de trabalho, como ele funciona”, destaca. O professor Luan de Oliveira, do curso de Eletromecânica do Campus Lagarto, desenvolveu em 2016 um projeto de pesquisa por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic EM) e constantemente estimula seus discentes a terem contato com a prática profissional. “Nas visitas técnicas, os alunos ficam maravilhados com o mundo das indústrias, das fábricas, e acabam descobrindo que carreira eles realmente pretendem seguir”, diz. Para Sâmela Duarte, aluna do 3º ano do curso integrado em Eletrônica do Campus Aracaju, fazer pesquisa é uma oportunidade para que o aluno pratique a teoria que aprende em sala de aula. “Participar de projetos de pesquisa aflora no aluno a vontade de buscar mais, saber mais, de aprender mais. Além disso, ainda há os incentivos financeiros, através das bolsas concedidas”, conta. Segundo a estudante, que acaba de ser aprovada no curso de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o ensino no instituto extrapola os conteúdos teóricos. “Costumo falar aos meus familiares que estudo no IFS porque além de me formar como técnica, eu vou me formar como cidadã, porque os professores que tenho aqui acabam me induzindo a ser uma pessoa melhor. Aqui eu aprendi a discutir sobre política, aprendi a entender os problemas sociais que existem no mundo, isso eu com certeza não teria em outra instituição”, ressalta Sâmela.
Com formação acadêmica e cidadã bastante ampla, egressos também apresentam diferencial da experiência com a pesquisa
Colhendo bons resultados Apesar de não ser sua atividade fim, o IFS vem colhendo, ao longo dos anos, resultados bastante positivos quando o assunto é aprovação em processos seletivos. No último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que atualmente oferece acesso a grande parte das universidades públicas brasileiras, a instituição obteve posição de destaque. Não apenas o número de alunos aprovados chama a atenção, mas também o fato de que muitos deles são selecionados em cursos que tradicionalmente apresentam alta concorrência. Ou seja: mesmo não se propondo ser uma mera treinadora de alunos para esse tipo de exame, o IFS mostra que a qualidade do ensino oferecido, o empenho do corpo docente qualificado, a boa infraestrutura e o estímulo à prática de pesquisa tem diversos resultados positivos. E um deles é, sim, a aprovação no Enem. A docente Sandra Costa acredita que os bons resultados são fruto de um somatório de esforços de alunos e professores do IFS. “Apesar de não termos o foco em aprovação no Enem e outros exames, mas sim na inserção no mercado de trabalho, preparamos o aluno por meio de atividades práticas, visitas técnicas, envolvimento com a pesquisa, tudo isso vai além do ensino tradicional. Por isso, nós temos excelentes níveis de aprovação em diversas seleções, assim como temos egressos que são excelentes profissionais, saindo do IFS prontos para o mercado”, assegura. Ruth Sales reitera que o contato com a iniciação científica é um dos principais diferenciais para a aprovação dos alunos do instituto em processos seletivos. “No IFS, o estudante não faz uma disciplina com o intuito de ser aprovado no Enem, mas ele aprende a estudar, com base nas diversas metodologias que são disponibilizadas. As visitas técnicas, o contato constante com profissionais do mercado, a participação em projetos de pesquisa, tudo isso acaba dando ao estudante mais maturidade, fortalecendo o seu conhecimento e fazendo com que eles se destaquem nessas seleções”, enfatiza a pró-reitora. Segundo o professor Silvanito Barbosa, da Coordenação de Sistema de Incubação / Propex, obter bons resultados em exames como o Enem já é costume no IFS e isso é fruto do somatório de diversos fatores. “Primeiro, há o fato de que nossos alunos já são selecionados e, comumente, já chegam aqui imbuídos da missão de aprender e dar o melhor de si. Outro fator é que no IFS fazemos justamente o inverso daquilo que é feito em outras instituições, que direcionam o aluno apenas para o resultado final; aqui, o conhecimento é construído. Também não podemos deixar de destacar a alta qualificação do nosso corpo docente e a boa estrutura oferecida pelo IFS, que está bem acima da média. Com a soma de todos esses diferenciais, os resultados acabam vindo naturalmente”, assinala.
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coordenação Geraldo bittencourt Reportagem NAJARA LIMA ilustração felipe ferreira Audiovisual fernando santana design alex palmeira thiago estácio produção stephanie matos