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RECONHECIMENTO

Pesquisa ganha prêmio nacional com proposta de museu em comunidade ribeirinha do PA

Escrito por GERALDO BULHOES BITTENCOURT FILHO | Criado: Quinta, 10 de Novembro de 2016, 14h59 | Publicado: Quinta, 10 de Novembro de 2016, 14h59 | Última atualização em Quinta, 10 de Novembro de 2016, 17h00

Aluna do Mestrado em Turismo concorreu na categoria “Economia Criativa"

1aaNo Brasil, as comunidades que vivem à beira dos rios, muitas vezes, convivem com o abandono econômico e não têm acesso a benefícios sociais básicos. Por outro lado, os chamados ribeirinhos possuem hábitos culturais ricos e são donos de grande conhecimento sobre a natureza. Ciente dessa realidade, a aluna Janaina Cardoso de Melo, do Mestrado em Turismo do Instituto Federal de Sergipe (IFS), desenvolveu um projeto que busca, ao mesmo tempo, valorizar as características da Floresta Nacional do Tapajós, no Pará, e gerar renda para seus membros. A proposta da estudante foi a de criação de um museu dentro da floresta que refletisse o modo de vida da região – a pesquisa concorreu ao Prêmio Samuel Benchimol e saiu vencedora na categoria “Economia Criativa”.

A premiação foi instituída pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Banco da Amazônia. A categoria cuja pesquisa de Janaina foi premiada tem como foco o empoderamento de grupos sociais em situação de vulnerabilidade e está diretamente relacionada às discussões ligadas à linha de pesquisa “Gestão de Destinos Turísticos”, na qual ela desenvolve o seu projeto de mestrado no IFS. O trabalho acadêmico surgiu há mais de um ano através de informações colhidas em bases de pesquisas científicas, contato com instituições e agentes culturais da região amazônica, além de conversas com as comunidades focos do trabalho.

Durante as visitas à comunidade, foi possível constatar de forma mais próxima a realidade dos seus membros: crianças fora da escola, acesso precário a atendimentos médicos e adultos em estado de embriaguez faziam parte do cenário. "Verifiquei uma situação de fragilidade econômica, social e cultural que contrastava com os saberes adquiridos e a trajetória de vida daquele povo”, comenta Janaína. Os pilares do projeto são a participação ativa da comunidade em todas as fases da criação do museu e a previsão de transferência da gestão do espaço para os próprios ribeirinhos.

Coparticipação

A idéia de criação de um espaço de preservação cultural em plena floresta amazônica, chamado também de museu de território, enquadrou-se na categoria de economia criativa por ter sido considerada inovadora do ponto de vista da gestão do turismo. “Teremos quiosques para que a comunidade possa vender os produtos desenvolvidos na região, oferta de oficinas de alfabetização digital e de artesanato, bem como celebraremos parcerias com agências de turismo para incluir o museu no roteiro de visitação dos turistas”, revela Janaína, dizendo ainda que os focos prioritários são a valorização do homem com o meio ambiente e a utilização da memória e da vida dos próprios ribeirinhos como recursos para a sustentabilidade.  

Para Janaína, a vitória obtida com a sua pesquisa mostra que é possível competir em nível de igualdade com pesquisadores de qualquer região do país. “Além disso, estar em Sergipe não impede que dialoguemos com outras geografias. É com muita satisfação que recebo uma premiação que leva o nome do professor Samuel Benchimol, que foi considerado um dos principais especialistas da região amazônica e possuía um trabalho social memorável”.

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