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8 DE MARÇO

História de mulher com mais de 40 filhos inspirou reflexões sobre solidariedade

Escrito por GERALDO BULHOES BITTENCOURT FILHO | Publicado: Quarta, 13 de Março de 2019, 13h11

principalRelato fez parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher

Maria dos Prazeres Santos Fraga, ou dona Lia, 67 anos, itabaianense, mãe de 41 filhos, dos quais 5 biológicos, tem uma história marcada pelos vários desafios de ser mulher. Tripla jornada, relacionamento abusivo, machismo e dificuldades financeiras compõem um lado da sua biografia. O outro é formado por generosidade, carinho, altruísmo e muito amor. A vida de dona Lia foi o ponto alto das comemorações do Dia Internacional da Mulher do Instituto Federal de Sergipe – Campus Itabaiana, no último dia 8 de março, e motivou reflexões sobre a solidariedade humana e os desafios de gênero na sociedade contemporânea.

A partir dos relatos de Maria dos Prazeres, os participantes do encontro refletiram sobre os vários temas que impactam na vida das mulheres e suas lutas por uma sociedade mais justa, igualitária e solidária. Aos 19 anos, no início da década 70, dona Lia teve o primeiro filho em um casamento cujas circunstâncias da vida não permitiram continuidade. O segundo marido, porém, representou o ponto de inflexão na sua história. Com ele, foi mãe mais quatro vezes e conheceu de perto as aflições de estar envolvida em um relacionamento conturbado e abusivo.

“Com cinco filhos, eu estava arrasada e desesperada, à procura de uma solução. De joelhos, prometi a Deus que, se eu conseguisse ajuda, adotaria uma criança e passaria a amparar outras como forma de gratidão”, relembra, emocionada, dona Lia. A partir da turbulência causada pelo casamento, ela conta que descobriu uma das mais belas missões da vida, que é a prática do amor ao próximo. “Para compreender qual era a missão divina para minha vida, ao ligar o rádio ouvi uma nota na qual dizia que uma mãe, por falta de condições, estaria oferecendo uma criança para adoção”. E assim veio o primeiro dos 36 filhos adotivos da filantropa itabaianense.

Adaptação

A casa de dona Lia, preparada para cinco pessoas, foi ficando menor à medida em que os gestos de solidariedade iam acontecendo. Com o tempo, ela transformou a sua ação individual em uma causa e, com o apoio de amigos, comprou um terreno e construiu o que hoje é o Lar Menino Jesus, instituição já reconhecida localmente pelo trabalho desenvolvido em prol dos que necessitam de ajuda. Dos seus mais de 40 filhos, grande parte se formou e ajuda a mãe na sua missão filantrópica, mas o maior número de donativos para o espaço ainda é obtido através da mobilização de dona Lia no município.

O sorriso que dona Lia carrega no rosto é a prova da intensidade com a qual cumpre seu nobre ofício e é o estímulo para não desistir quando, às vezes, não consegue sensibilizar novas pessoas acerca da sua causa. Ao ser perguntada qual o seu prazer, além do trabalho no Lar Menino Jesus, ela não hesita na resposta: “É quando reúno os meus filhos “debaixo das minhas asas” em minha casa, que não tem luxo, nem boemia, mas corações cheios de amor que conheceram ao longo da vida a alegria de ajudar ao próximo”.

Reflexões

secundariaO evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher recebeu o nome de “Dei (CHÁ) com elas e com eles também” e contou com a exibição do documentário “Um sonho impossível?”, durante a qual os participantes refletiram sobre os vários temas que impactam na vida das mulheres e debateram as situações cotidianas que levam a reprodução práticas machistas, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele. Após o debate, foi realizado um chá como forma de confraternização entre os presentes.  

Viviane Peixoto, técnica em assuntos educacionais do Campus Itabaiana, foi uma das participantes e considerou o evento produtivo por falar do papel e da importância da mulher na sociedade. “Um momento como esse é de grande valia para esse gênero que luta por equidade, respeito e por direitos iguais. Além disso, foi válido por abrir espaço para reflexões, diálogos e conscientização, visto que a mulher necessita de senso crítico para se autodefender”, avalia Viviane.

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