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PROJETO VISIBILIZANDO AS DIFERENÇAS NO IFS

Escrito por AMONNAT NATANAEL DE JESUS MIRANDA | Criado: Quinta, 25 de Mai de 2023, 07h14 | Publicado: Quinta, 25 de Mai de 2023, 07h14 | Última atualização em Quinta, 25 de Mai de 2023, 07h14

 

 

Conheça o Projeto: VISIBILIZANDO AS DIFERENÇAS NO IFS

Nos últimos anos as temáticas da diversidade vêm ganhando espaço de discussão nos mais diversos espaços sociais, tais como: escolas, universidades, empresas públicas e privadas, pesquisas, formações, etc. As pautas citadas, respaldadas na Declaração dos Direitos Humanos, têm servido como provocações/reflexões importantes para a consolidação e a conquista de direitos na forma de lei e demais aparatos jurídicos.

Desse modo, datas comemorativas e leis específicas foram promulgadas para demarcar e visibilizar o direito, bem como o combate às violências de gênero, racismo, LGBTQIAP+ fobia e intolerância religiosas. Mais do que datas e leis, há um reconhecimento por parte do executivo e legislativo da importância das pautas e suas necessidades.

 Entretanto, a “letra da lei” não garante que tais direitos sejam plenamente atendidos e/ou consolidados em todos os espaços sociais. Assim, a atuação de coletivos, ONG’s, movimentos sociais e sociedade civil tem ganhado força em prol de grupos considerados como minorias em detrimento daqueles privilegiados, social e culturalmente. Tal análise nos coloca diante da riqueza cultural da qual fazemos parte e do significado da palavra diversidade - entendida aqui como um “conjunto que apresenta características variadas; multiplicidade” tanto no que se refere às variedades e experiências sexuais e de gênero, raças/etnias, religiões, faixas etárias, classes sociais, etc.

Contudo, esse mesmo conjunto de características variadas nem sempre é respeitado ou aceito por parte da sociedade. Diante disso, analisar a sociedade e como ela tem se estruturado ao longo desses anos é um importante exercício para compreender a construção daquilo que foi entendido como natural ou dado, como por exemplo: os papéis de gênero.

Podemos perceber o quanto o desrespeito às diversidades se faz presente nas relações sociais ao atentarmos às múltiplas formas de discriminação, preconceito e violências direcionadas às pessoas ou grupos minorizados ou que fogem à uma suposta normalidade.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2021), no que se refere às violências contra às mulheres, foi possível identificar um total de 1321 feminicídios , sendo 19 casos destes casos registrados em Sergipe.

No tocante às violências sexuais foram registrados 56.098 boletins de ocorrência referente ao estupro e estupro de vulneráveis, com acréscimo de 18% no estado de Sergipe.

Quanto às violências direcionadas à população LGBTQIAP+ , foram registradas pelo Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ de 2021 (2022), 316 mortes LGBTQIAP+ violentas noBrasil, sendo 285 assassinatos, 26 suicídios e 5 outras causas - aumento de 33,33% em relaçãoao ano anterior. Assim, constatou-se que no país, um pessoa LGBTQIAP+ é morta a cada 27 horas. O nordeste apresentou o maior número de casos (116) e o estado de Sergipe contabilizou 4 mortes.

No tocante ao racismo, numa pesquisa realizada pelo Data Poder 360 no Brasil em 20205 , verificou-se que 81% dos entrevistados reconhecem a existênciade racismo e 34% afirmam ter preconceito contra pessoas negras. Tal estudo traz à tona o quanto o racismo está estruturalmente presente nas relações e nos mais ambientes que circulamos.

Nesse sentido, a escola e as instituições de ensino formal - aqui incluímos os institutos federais - não estão isentos de que tais posturas (discriminatórias e preconceituosas) circulem nos setores e salas de aulas.

Desse modo, a realidade sócio cultural exige das instituições de ensino a adoção de práticas e ações que promovam a visibilidade e o respeito às diversidades. Não por acaso, inúmeras instituições têm adotado a criação de setores que sejam estratégicos na execução de políticas, ações e planos de trabalho que demarquem o posicionamento de uma instituição pautada nos direitos humanos e no respeito às diversidades e suas interseccionalidades: raça/etnia, gênero, classe, etc.

Com isso, a adoção de práticas antiviolentas, nas suas mais diversas esferas, propiciará um ambiente acolhedor que impactará positivamente nas relações entre os sujeitos sociais presentes no IFS. Mais ainda, serão importantes recursos para a consolidação da promoção de saúde mental e melhoria no clima organizacional quanto às relações interpessoais.

Sendo o IFS uma instituição pública, cujo valor “respeito - Atenção especial aos estudantes, servidores e público em geral” é um dos princípios norteadores, o “Compromisso com a justiça social, equidade, cidadania, ética, preservação do meio ambiente, o presente projeto se justifica como garantia de reiterar o compromisso da instituição com seus princípios e valores previstos desde a criação do Projeto de lei 3775/2008.

O presente projeto visa implementar ações, programas e recursos para a criação de ambiente educacional acolhedor e a promoção do respeito às diversidades e suas interseccionalidades. Intenta, a partir disso, melhorar o clima organizacional e intervir de maneira positiva nas relações interpessoais: discentes, docentes, técnicas/os administrativos, terceirizadas/os/es e comunidade em geral. Dessa maneira, as atividades afetarão a cultura presente nos campi com vistas às não-violências, de modo contínuo e permanente

O Projeto Visibilizando as Diferenças no IFS tem por objetivo geral instigar a reflexão acerca da cultura do respeito à diversidade no Instituto Federal de Sergipe. Especificamente, busca-se:

  • Valorizar as datas alusivas às questões das diferenças e suas interseccionalidades como oportunidade de reflexão acerca das temáticas em questão;
  • Promover ações, programas e eventos que promovam a visibilidade e o respeito às diferenças em todos os espaços do IFS;
  • Socializar o mapeamento da rede de apoio, municipais e estadual, em casos de violências de gênero, racial, intolerância religiosa e demais questões, a fim de fortalecer o direito de ser diferente, diverso;
  • Criar recursos qualificados e permanentes para alcançarmos uma boa prática no IFS;
  • Propor regulamentações institucionais de combate às violências e o respeito às diversidades no IFS.
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