Workshop Cultura, memória e identidade valoriza estancianos ilustres
Evento faz parte de projeto que nomeará espaços do Campus Estância com personalidades locais
Por Carole Ferreira da Cruz
Com o workshop Cultura, memória, identidade e pertencimento, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) deu início às ações para nomeação dos espaços do Campus Estância com personalidades e lideranças das mais áreas diversas áreas que contribuíram para a construção do arcabouço cultural estanciano. O evento ocorreu no dia 29 de maio com o objetivo de divulgar as figuras ilustres, estreitar a relação com a sociedade e sensibilizar a comunidade acadêmica.
O workshop faz parte do projeto Raízes estancianas: identidade e pertencimento no Campus Estância, idealizado pela diretora Sônia Pinto de Albuquerque Melo com co-autoria da professora Lorena Campello e aprovado no edital Artecult da Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex). A intenção é fomentar a memória, história e cultura, assim como a identidade e o pertencimento, dar publicidade às figuras ilustres locais, aproximar a academia da comunidade e democratizar o acesso aos bens culturais.
Compareceram o poeta Wilton Santos; o cantor e compositor Fábio D' Estância; a Yalorixá Maria do Carmo Aragão, a Mãe Carminha da Oxum, acompanhada da família; o presidente da Associação de Fogueteiros e Barqueiros, José Dionísio, o Seu Dió; o secretário de Cultura e Turismo, Paulo Ricardo; o secretário da Juventude e Desporto, Evilázio Ribeiro, e o seu secretário adjunto Luciano Salgado; além de representantes da Secretaria de Educação e da Associação Engrena de Empreendedores em Nutrição e Artes.
Mãe Carminha ficou exultante com o evento e reconheceu a importância do projeto para o fortalecimento da cultura de Estância. “Foi um prazer participar como convidada. A iniciativa é linda, maravilhosa, adorei cada detalhe da organização, o compromisso dos envolvidos, a união de todos para valorizar a nossa memória e identidade. Que venham outras ações como essa para que possamos nos aproximar mais, nos unir, nos fortalecer e conquistar ainda mais reconhecimento”, comemorou.
Bolsista do projeto, a estudante do curso técnico integrado de Edificações, Glória Lima, avaliou o evento como um momento rico de partilha e aprendizado. “O workshop ultrapassou todas as expectativas: foi maravilhoso e cheio de conhecimento. Pude ver colegas parabenizando a iniciativa, se sentindo mais conectados ainda com a cultura de Estância. Algo que me marcou foi ver as pessoas falando com propriedade sobre sua cultura e vivências relacionadas a ela”, destacou.
Comoção
O aluno Daniel Costa Santos, também do curso de Edificações, expressou toda sua comoção ao se apropriar da história e do legado cultural do município. “O evento me fez perceber a importância de conhecer a história de Estância, as pessoas que fazem parte desse história, as nossas culturas e raízes. Foi um evento em que me senti muito bem representado pelas pessoas que estavam palestrando”, ressaltou.
O próximo passo agora é mobilizar a comunidade para eleger as personalidades estancianas que darão nome a 25 espaços do Campus Estância, sendo 12 salas de aula e 13 laboratórios. A ideia é fazer com que esses espaços se transformem num memorial vivo ao receberem uma breve descrição biográfica e a plotagem artística com a imagem do homenageado - símbolo de pertencimento e identidade tanto para a comunidade interna quanto para a externa.
O projeto conta ainda com pesquisa documental, entrevistas, visitas de campo e registro audiovisual para identificar as biografias dos estancianos ilustres, além da produção e instalação de placas informativas, letreiros e plotagem. A etapa final incluirá um evento de lançamento do memorial do campus. A programação, aberta à sociedade, terá palestra, passeios guiados, apresentações culturais e am session
Para a professora Lorena Campello, a valorização da memória, história e cultura de Estância é essencial para promover o pertencimento e a integração dos estudantes do campus. “Estimular a pesquisa e o conhecimento sobre essas tradições contribui para formar cidadãos críticos e engajados, capazes de reconhecer e valorizar sua herança cultural. Esse processo também fortalece o vínculo entre o campus e a comunidade, integrando as vivências locais no espaço educacional”, afirmou.
Sobre Estância
O município de Estância é considerado um dos berços da cultura sergipana por concentrar um grande número de atividades culturais e centros de propagação do saber. A cidade sediou o primeiro jornal de Sergipe, o Recopilador Sergipano (1832); já dispunha de bibliotecas, teatros, cinemas, clubes e casa de ópera em meados do século XX; tornou-se referência nas exibições cinematrográficas no estado e foi onde nasceram intelectuais que se destacaram na poesia, dramaturgia e artes plásticas.
Redes Sociais