Campus Estância
DEMANDA DA COMUNIDADE
Campus Estância implanta Licenciatura em Letras
Curso será primeira licenciatura em humanidades do IFS e oferta já ocorre no processo seletivo 2026.1 Por Carole Ferreira da Cruz Acaba de ser aprovado o Curso de Licenciatura em Letras do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus Estância. O novo curso já será ofertado no processo seletivo 2026.1, previsto para ocorrer em fevereiro do próximo ano. A demanda surgiu das discussões com a comunidade sobre a necessidade da oferta de licenciaturas no último Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), em vigor de 2020 a 2025, com a finalidade de contribuir para a melhoria do letramento linguístico e matemático da Região Sul. Após cerca de três anos de trabalho conduzido por uma comissão multicampi, que tratou do Estudo de Viabilidade e do Projeto Pedagógico de Curso (PPC), nasce no Campus Estância a primeira licenciatura em humanidades do IFS. A Comissão da Licenciatura em Matemática segue atuando para que, em breve, esta seja mais uma oferta inédita entregue à sociedade. O ineditismo tem sido uma marca registrada do campus, que implantou os primeiros cursos técnicos integrados ao ensino médio de Sistemas em Energia Renovável e de Programação de Jogos Digitais do instituto. Transformação social Para o coordenador do novo curso, o professor Daniel Sanchez, o objetivo do PPC foi desenvolver uma formação que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia, pilares da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), em consonância com o eixo tecnológico de Desenvolvimento Educacional e Social. A partir dessa perspectiva, os futuros docentes serão preparados para compreender a linguagem como instrumento de transformação social, atuando de forma crítica e inovadora nos processos de ensino-aprendizagem. Daniel Sanchez ressalta que a construção do projeto pedagógico envolveu um longo processo de debates, articulações e deliberações conduzido por especialistas altamente comprometidos . “Estou muito satisfeito com o resultado: um PPC vanguardista, diverso epistemologicamente e alinhado às novas diretrizes nacionais e locais para os cursos superiores. Seremos o primeiro curso do IFS — e, possivelmente, um dos primeiros do Brasil— a responder formalmente às novas resoluções e às orientações sobre estágio, curricularização da extensão, EaD e EPT”, avaliou. Segundo a diretora geral do Campus Estância, Sônia Pinto de Albuquerque Melo, a aprovação da Licenciatura em Letras é um marco para a Região Sul. “Representa o compromisso do IFS com a interiorização da educação pública, gratuita, de qualidade socialmente referenciada, ratificando nossa missão institucional. Almejamos que esse curso forme profissionais comprometidos com a diversidade linguística e cultural de escolas e, especialmente, de vidas — e que seja apenas o primeiro passo de uma caminhada ainda maior que viabilize a ampliação de oportunidades à sociedade”, destacou.
EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Campus Estância implanta Espaço de Vivência Agroecológica
Objetivo é desenvolver práticas em educação ambiental, agricultura urbana, saúde e bem-estar, além de pesquisa e extensão
CAMPUS ESTÂNCIA
Projeto que desenvolve tijolo sustentável feito de conchas entra na fase final
Iniciativa atende demanda social do povoado Ouricuri para construção de casas e geração de renda *Por Carole Ferreira da Cruz Projeto inovador do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus Estância que desenvolve tijolos sustentáveis a partir do reaproveitamento de resíduos de conchas, provenientes da atividade das marisqueiras, entra na fase de capacitação da comunidade para a produção artesanal. A iniciativa visa atender a demanda social do povoado Ouricuri, na região litorânea, ao ensinar os moradores a produzir tijolos artesanais de material reutilizável para a construção da casas populares e geração de renda. A ideia é usar as conchinhas, encontradas em abundância na região, para substituir a areia na mistura com o cimento. O projeto é tão arrojado que não foram encontradas referências na literatura de trabalhos semelhantes em tijolo cimentício, a exceção de experimentos que usam a mesma linha de raciocínio em tijolo solo-cimento. Essa opção de reaproveitamento de resíduo se baseia em metodologias arcaicas, do século passado, em razão das dificuldades de infraestrutura do povoado, que não dispõe nem de luz elétrica. Intitulado “Tijolos maciços com incorporação de conchinhas: um projeto social”, o estudo foi certificado pelo Selo ODS Educação 2024 e o Selo ODS 2025 - reconhecimento que valoriza iniciativas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e estimula o alcance das metas da Agenda 2030. Além disso, conta com o financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe(FAPITEC/SE). De acordo com o coordenador do projeto, professor Herbet Alves de Oliveira, a dificuldade inicial de encontrar as fórmulas para atender o valor de resistência das normas técnicas e lavar adequadamente as conchinhas para a remoção do excesso de sal foi superada. Algumas dessas formulações chegam até a superar o valor de resistência do tijolo padrão. A equipe praticamente já concluiu os testes de durabilidade e caracterização dos materiais para viabilizar a reutilização das conchas. Resultados excelentes Na etapa atual, está sendo finalizada a edição de um vídeo tutorial para ensinar a técnica de produção do tijolo sustentável à comunidade, que receberá utensílios básicos como socador, moedor, balança, carrinho e uma cartilha com instruções . Os próximos desafios são desenvolver o tijolo solo-cimento (furado) e construir um bloco estrutural utilizado na alvenaria com capacidade de suportar cargas de estruturas na construção civil. “Conseguimos resultados excelentes e desenvolvemos uma metodologia que irá garantir dignidade para o povoado Ouricuri”, comemorou Herbet de Oliveira. Integrante do projeto, o estudante do curso de Engenharia Civil, Thiago dos Santos, 25 anos, considerou a experiência gratificante e proveitosa. “Trabalhei com uma equipe muito competente e tive todo o suporte e orientação do professor Herbet. A proposta social de ajudar a comunidade carente deixa o projeto com uma causa muito linda, que é construir casas com tijolos para a comunidade e tornar a produção uma fonte renda, ou seja, ser uma atividade empreendedora para eles”, destacou. Para o aluno Jocimar Soares Santos, do curso de Engenharia Civil, a pesquisa foi essencial para melhorar seu desempennho no curso. “O que posso dizer é que o projeto me tirou fora da bolha da sala de aula. Por muito tempo eu tive um desempenho na média ou abaixo, não me enturmava muito bem. Quando precisava de ajuda evitava pedir para não incomodar ninguém. Mas nessa pesquisa conheci pessoas muito boas, que consequentemente me ajudaram a conhecer outras pessoas. Fui perdendo muitas inseguranças”, relatou.
MERCADO PROMISSOR
Curso Programação de Jogos Digitais completa um ano no Campus Estância
Pioneiro no IFS, curso tem como marco avanços nas áreas de pesquisa, desenvolvimento de jogos e robótica

Redes Sociais