IFS inaugura o “Eu Somos Muites” com foco na diversidade e respeito no ambiente de trabalho
Evento integrou o Projeto Visibilizando as Diferenças e reuniu servidores, contratados e terceirizados na Reitoria
Nesta sexta-feira, dia 25, a Reitoria do Instituto Federal de Sergipe (IFS) promoveu o evento “Eu Somos Muites”, uma iniciativa voltada à promoção do respeito à diversidade no ambiente organizacional. O evento marcou o início de uma nova etapa nas ações do Projeto Visibilizando as Diferenças no IFS, reforçando o compromisso da instituição com um ambiente mais inclusivo, acolhedor e diverso.
A proposta do evento surgiu como uma estratégia de ação para alcançar os objetivos do Projeto Visibilizando as Diferenças, criado com o intuito de implementar ações, programas e recursos que promovam o respeito às diversidades e suas interseccionalidades no contexto institucional.
O projeto visou instigar a reflexão sobre a cultura do respeito às diferenças dentro do Instituto Federal de Sergipe, reconhecendo a importância de valorizar datas alusivas às questões da diversidade como oportunidades de debate e conscientização. Também buscou promover eventos e programas que dessem visibilidade às diferenças, socializar informações sobre redes de apoio em casos de violência, criar recursos qualificados e permanentes de boas práticas e propor regulamentações institucionais que fortalecessem o combate à discriminação.
Coordenado pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP), o Projeto Visibilizando as Diferenças contou ainda com a participação de núcleos institucionais como o NAEDI, NEABI, NIGEVIS e NEVIS, demonstrando o caráter colaborativo e intersetorial da iniciativa.
“O evento 'Eu Somos Muites' é importante para o IFS, por isso parabenizo a PROGEP e a comissão organizadora, pois a ação faz um convite ao reconhecimento e valorização das diferenças como parte essencial da construção de uma sociedade justa, diversa e inclusiva. Acredito que só é possível transformar a sociedade por meio da educação quando enfrentamos, com coragem, as desigualdades estruturais que atravessam nossa sociedade. Diferenças de gênero, sexualidade, raça, cor, deficiências, condição socioeconômica devem ser visibilizadas e respeitadas, pois somos pessoas", afirmou Osman dos Santos, pró-reitor de Pesquisa e Extensão, que participou representando a reitora Ruth Sales.
Osman destacou ainda que a temática da diversidade que compõe a sociedade devem ser mais frequentes no IFS, pois a instituição tem o compromisso de construir políticas e ações que reconheçam essas existências e sua dignidade. "O IFS precisa ser um espaço de escuta, acolhimento e pertencimento, pois buscamos transformação social, e essa transformação passa em construir relações saudáveis e harmônicas entre as pessoas", pontuou.
O evento foi pensado especialmente para o público interno do IFS, sendo direcionado a servidores, contratados e terceirizados. A programação do evento foi construída para fomentar reflexões sobre a cultura do respeito no ambiente organizacional, abordando temas que envolvem os marcadores sociais da diferença, como etnia, religião, gênero, idade e necessidades específicas.
A abertura do evento contou com a palestra do mestre Eduardo Carpejani, chefe do Departamento de Desenvolvimento Institucional e presidente da comissão responsável pela elaboração do Plano de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação no IFS. Em seguida, os participantes puderam se inscrever em oficinas temáticas, conduzidas por profissionais de diferentes áreas e unidades.
“Queremos colocar em lugar de destaque a discussão do respeito à diversidade dentro do ambiente de trabalho. Lutamos para que cada servidor e servidora tenha o direito de ser quem realmente é — seja na vertente do gênero, etnia, deficiência ou faixa etária. Estamos muito felizes com este marco importante para o Instituto”, destacou Carlos Menezes, pró-reitor de Gestão de Pessoas.
Ele também lembrou que o evento integrou um conjunto de ações do projeto Visibilizando as Diferenças, como cursos de formação sobre Direitos Humanos e o calendário mensal de datas de visibilidade, além da elaboração de políticas institucionais de enfrentamento ao assédio e à discriminação.
A programação da tarde teve início com uma apresentação emocionante da Companhia de Dança Loucurarte, grupo que realiza balé com cadeira de rodas, no hall da Reitoria. Em seguida foram ofertadas cinco oficinas simultâneas. As atividades abrangeram diferentes dimensões da diversidade: Gilvan Costa e Elza Ferreira, do Campus Aracaju, conduziram a oficina “Novas Masculinidades”; Eliana Batista e Deivison Oliveira apresentaram a oficina “Somos Muites: sou surdo com orgulho”; a professora Manuela, do Campus São Cristóvão, liderou a oficina “Diversidade no ambiente de trabalho”; a professora Marília Nascimento, do CODAP/UFS, ficou responsável pela oficina “Como construir uma postura antirracista no ambiente de trabalho?”; e, por fim, Caliane Conceição, do Campus Tobias Barreto, e o professor Alexandre, do Campus Estância, coordenaram a oficina “Questões étnico-raciais e suas relações no ambiente de trabalho”.
“A proposta do evento foi refletir sobre ações que promovam o respeito à diversidade dentro do ambiente de trabalho. Trabalhar a questão do respeito previne situações de assédio e até mesmo de adoecimento. Quando entendemos que o outro tem suas particularidades, construímos relações mais saudáveis”, explicou Carla Cristina Valois, presidente da comissão organizadora do evento.
A comissão organizadora foi composta por representantes de diversos setores do Instituto, reforçando o compromisso coletivo com a temática. Fizeram parte da equipe: Carla Cristina Valois Lins Xavier, Carlos Menezes De Souza Júnior, Cyndi Moura Guimarães e Scheilla Conceição Rocha (PROGEP); Aurivar Fernandes Filho (Tobias Barreto); Aline de Fátima Soares e Silva (DCOM); Wesley Oliveira Santos (PRODIN); Valéria Maria Santana Oliveira (NIGEDS); Alexandre Santos de Oliveira (NEABI); Sérgio Lima dos Santos (NEVIS); e Christianne Rocha Gomes (NEADI).
A realização do “Eu Somos Muites” representou um passo importante rumo a uma cultura institucional mais plural, solidária e comprometida com os direitos humanos. Ao visibilizar as diferenças, o IFS reafirmou seu papel enquanto espaço de inclusão, respeito e transformação social.
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