Encontro de Salas Verdes fortalece a educação ambiental em Sergipe
Evento realizado na reitoria do IFS reuniu 50 participantes, na última sexta-feira (30)
Fotos: Silvia Xavier/Instituto Aspasia de Mileto
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontece em dezembro na cidade de Belém do Pará, tem suscitado debates em todo o país. Inspirado neste momento, foi realizado o Encontro Sergipano das Salas Verdes (Essave), evento preparatório em nosso estado rumo à COP30, e promovido numa parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), o Instituto Federal de Sergipe (IFS), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Instituto Aspasia de Mileto e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental de Sergipe (Gepease).
A discussão teve como tema a educação ambiental e a cooperação entre sociedade civil, entes privados e instituições governamentais. Participaram do encontro professores, educadores, ativistas ambientais, gestores públicos, representantes de ONGs e estudantes, que foram convidados a elaborar propostas sustentáveis em cinco temas relacionados ao evento.
A programação do evento, iniciada às 14h30, contou com uma apresentação de dança regional do Grupo Mangabeiras da Barra dos Coqueiros/SE. Na sequência, a abertura contou com as falas de abertura que abordaram a COP30, sustentabilidade, Salas Verdes e educação, ministradas por Adson Francisco (Gepease), pelas professoras Aline Nepomuceno (UFS) e Márcia Santos (IFS), e por Isabelle Blengine, gerente de Educação Ambiental da Semac.
A professora Márcia Santos, coordenadora da Sala Verde do IFS, destacou o momento de integração do evento. “É uma honra para o IFS sediar esse encontro, uma oportunidade de discutir educação ambiental, propor a formação de uma rede sergipana de Salas Verdes e falar sobre o processo de implantação de uma Sala Verde para incentivar outras instituições”, disse.
A professora Cláudia Melo, coordenadora de Conduta Consciente da Universidade Tiradentes (Unit), que desenvolve atividades de ensino e pesquisa em Saúde Única, visualiza a Sala Verde como uma excelente estratégia. “A saúde humana não é mais a mesma e está atrelada ao meio ambiente. Eu já trabalho com educação e sustentabilidade em comunidades e territórios, por que não organizar isso numa Sala Verde? Então eu vim para aprender, fazer parcerias e me unir a essa rede colaborativa”, explicou.
Já Isabelle Blengine, gerente de Educação Ambiental da Semac, destacou a importância de dar continuidade a discussões iniciadas ainda no século passado. “Em 1992, tivemos o tratado de educação ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, depois a Rio+20, em 2012, e agora realizamos essa terceira jornada sobre o clima, no âmbito da COP30. É muito gratificante perceber tanta gente reunida aqui, de diferentes instituições e, até mesmo, delegados da Semana Nacional de Meio Ambiente, todos unidos com o mesmo propósito”, enfatizou.
Emanuel Garapa é um desses delegados e atua como membro da Associação Plantar para a Vida, um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC). Ele destaca a importância de participar de eventos como esse. “Nossa associação já realiza um trabalho socioambiental e agroecológico em diversas frentes e com muitas parcerias. Aqui o nosso foco é contribuir com a extensão que o IFS e a UFS, por exemplo, desenvolvem e somar nessa corrente meio ambiente”, endossou.
A estudante Katharyna Almeida, do curso de engenharia Ambiental e Sanitária do campus São Cristóvão/IFS e voluntária do Projeto Ecotech/IFS, também marcou presença no Essave. "Foi bacana a troca que aconteceu aqui, descobrir outras Salas Verdes que estão ativas no estado e aprender com diversos projetos, além de estabelecer conexão com diferentes pessoas que também atuam com educação ambiental", concluiu.
Com a finalidade de realizar a escuta dos participantes, todos foram convidados para a dinâmica “Café com Partilha”, propondo ideias e compartilhando experiências em sustentabilidade e educação. As sugestões foram anotadas pela organização do evento e vão compor um documento que será cadastrado junto à Jornada Pedagógica e Educação Ambiental Rumo à COP30. Também foi realizado o sorteio de livros e a distribuição de mudas de plantas e hortaliças.
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