IFS conquista seis dos oito projetos aprovados em SE na 2ª fase do Catalisa ICT
Instituição reafirma protagonismo na inovação tecnológica e segue para a etapa de aceleração
O Instituto Federal de Sergipe (IFS) voltou a se destacar no cenário nacional da inovação. No resultado da Etapa 2 – Validar do Catalisa ICT – Ciclo 02, divulgado pelo Sebrae nesta segunda, 25, o estado de Sergipe teve oito projetos aprovados, sendo seis deles liderados por professores do IFS. A conquista reforça o papel da instituição como protagonista na pesquisa aplicada e no desenvolvimento de soluções tecnológicas de impacto.
Projetos de ponta
Entre os aprovados estão os projetos Easyride, Cleanboiler, Nyquist, AquaFeed e AccessSim, comandados pela professora Stephanie Kamarry Alves (Campus Lagarto), em parceria com os docentes Fábio Luiz Sá (Campus Aracaju), Phillipe Cardoso (Campus Estância) e os egressos Leonardo Aprigio Nascimento e Benicio Barbosa, ambos do IFS Lagarto.
“Ver cinco projetos do Laboratório de Inovação e Criatividade (LABIC) aprovados nesta etapa mostra a força do trabalho em equipe e o potencial que temos em Lagarto de gerar soluções tecnológicas profundas, com relevância nacional. Esse resultado reforça o papel do IFS na construção de um ecossistema de inovação cada vez mais sólido e conectado às demandas da sociedade, destacou a professora Stephanie, que ressaltou ainda o apoio do diretor-geral, Ricardo Monteiro e do diretor de ensino, Mauro dos Santos.
CleanBoiler – Solução deeptech que integra sensores inteligentes e inteligência artificial para otimizar o desempenho de caldeiras, reduzindo custos operacionais e emissões de poluentes.
EasyRide – Sistema de navegação por voz para cadeiras de rodas que amplia a autonomia de pessoas com mobilidade reduzida, unindo acessibilidade e inovação tecnológica.
AquaFeed – Plataforma inteligente que combina sensores e algoritmos de IA para definir, em tempo real, a quantidade ideal de ração na piscicultura, aumentando a produtividade e evitando desperdícios.
AccessSim – Ferramenta de simulação que avalia e propõe soluções para acessibilidade em espaços urbanos e arquitetônicos, contribuindo para cidades mais inclusivas.
LearnBots – Jogo educativo que ensina robótica e programação de forma lúdica, estimulando crianças e jovens a desenvolverem pensamento computacional e criatividade.
Também se destacou o projeto MamoDetect, desenvolvido pelos professores André Luiz Nogueira e Hamona Novaes (Campus Lagarto), e pelo estudante de Engenharia Elétrica, José Carlos Henrique de Andrade. A pesquisa propõe um software inovador para auxiliar médicos radiologistas na avaliação de mamografias.
“Trata-se de um software para classificação de mamografias - ferramenta que visa auxiliar médicos radiologistas na avaliação destas imagens. A aprovação nesta segunda etapa nos deixa muito felizes, pois é uma oportunidade ímpar de levar a pesquisa do laboratório para a prática clínica, impulsionando a inovação e o avanço tecnológico no setor”, ressalta Hamona.
O diretor de Inovação e Empreendedorismo do IFS, Augusto Andrade, avalia que a conquista vai além do número de projetos: “mais do que aprovações, trata-se de oportunidades reais de transformar pesquisas em soluções que chegam à sociedade e fortalecem o ecossistema de inovação sergipano. Espero que esse resultado inspire ainda mais colegas a participarem de
programas como o Catalisa ICT”.
O que é o Catalisa ICT?
O Catalisa ICT é um programa nacional do Sebrae que transforma pesquisas acadêmicas em soluções inovadoras de alto impacto. A iniciativa apoia pesquisadores na criação de startups deeptechs e na transferência de tecnologia para o mercado.
A jornada acontece em três etapas ao longo de 24 meses:
Mobilizar e Aprender: capacitação de pesquisadores e articulação do ecossistema.
Validar: fase de testes no mercado, com bolsas, mentorias e conexões estratégicas.
Inovar: estruturação de startups e aproximação de investidores.
Nesta segunda fase, cada projeto selecionado receberá R$ 120 mil em bolsas de estímulo à inovação, recurso que garante suporte ao desenvolvimento e validação das soluções ao longo dos próximos nove meses.
Política de Inovação do IFS e próximos passos
O desempenho do IFS está alinhado à sua Política de Inovação (Resolução nº 43/2020/CS/IFS), que estimula a pesquisa aplicada, a proteção da propriedade intelectual e o empreendedorismo inovador. A política incentiva ainda a criação de incubadoras, startups e parcerias estratégicas que aproximam ciência, tecnologia e sociedade.
Com a aprovação na Etapa 2, os seis projetos sergipanos seguem em processo de aceleração. A expectativa é que, nos próximos meses, as equipes consolidem suas soluções e avancem para a Etapa 3 – Inovar, fase em que poderão formalizar startups e ampliar ainda mais o impacto social e econômico das pesquisas desenvolvidas na instituição.



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