Conheça os NAPNEs: núcleos que promovem inclusão nos campi do IFS
Reportagem inaugura a Sessão Especial RAPI, que divulgará semestralmente ações e experiências voltadas à acessibilidade e inclusão no Instituto Federal de Sergipe
Com o compromisso de dar mais visibilidade às políticas e práticas inclusivas no Instituto Federal de Sergipe (IFS), a Comissão Permanente de Ações Pedagógicas Inclusivas para Pessoas com Necessidades Específicas lança a Sessão Especial RAPI: Fortalecendo a Acessibilidade e a Inclusão no IFS. A proposta é publicar, a cada semestre, conteúdos informativos sobre ações, projetos, orientações e experiências vivenciadas nos campi da instituição, com foco na inclusão e na acessibilidade.
A primeira matéria da série destaca a atuação dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napnes) que estão presentes em todos os campi do IFS e desempenham papel fundamental na permanência e na participação de estudantes com necessidades específicas.
O que fazem os NAPNEs?
Segundo a psicóloga Christianne Rocha Gomes, que é coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Educação Inclusiva (Naedi) do IFS, os Napnes são setores essenciais para o assessoramento, planejamento e execução de políticas voltadas às pessoas com necessidades específicas. “O trabalho envolve desde a orientação a estudantes, familiares e servidores até a promoção da inclusão e acessibilidade, apoio à pesquisa em inclusão, divulgação de ações e fomento ao uso de tecnologias assistivas”.
Cada núcleo é vinculado à Direção ou Gerência de Ensino de seu campus e conta com uma coordenação nomeada por portaria, além de uma equipe multidisciplinar de apoio. O público atendido inclui pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, transtornos de aprendizagem, altas habilidades ou superdotação, TDAH, e até condições temporárias ou intermitentes.
No nível sistêmico, a articulação entre os Napnes e a Reitoria é feita pelo Naedi (Núcleo de Acessibilidade e Educação Inclusiva), setor que integra a Pró-Reitoria de Ensino (Proen). Criado em 2019, o Naedi tem como missão desenvolver e acompanhar ações e políticas de inclusão em toda a instituição. Atua na formação, planejamento orçamentário, produção de materiais educativos e eliminação de barreiras arquitetônicas, atitudinais e comunicacionais.
História dos Napnes
A trajetória dos Napnes no IFS teve início em 2001, quando foi criado o primeiro núcleo, ainda como Núcleo de Apoio à Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais (Napnee), no campus Aracaju. Em 2012, passou a se chamar oficialmente Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas, expandindo-se para os campi São Cristóvão, Lagarto, Itabaiana, Glória e Estância. Hoje, o IFS conta com 10 Napnes em funcionamento, também presentes nos campi Propriá, Poço Redondo, Tobias Barreto e Socorro.
Para fortalecer a articulação das ações, foi instituída a Comissão Permanente de Ações Pedagógicas e Inclusivas (Rapi), formada por profissionais de diferentes áreas e campi. “Nosso compromisso é garantir que essas ações se consolidem como parte estruturante da educação no IFS”, afirma Ana Carla Rocha de Souza Cruz, assistente em administração no Campus Estância e integrante da comissão.
Além da RAPI, o IFS conta com uma Comissão Permanente de Atendimento Diferenciado nos Processos Seletivos, que visa assegurar condições de participação equitativa para candidatos com necessidades específicas.
Boas práticas e experiências inclusivas
Nos diversos campi, ações inclusivas têm se materializado de forma criativa e transformadora. No Campus São Cristóvão, por exemplo, foram desenvolvidos jogos educativos e modelos 3D para ensino de biologia voltados a pessoas com deficiência visual, auditiva e neurodivergentes. Já no Campus Tobias Barreto, destaca-se o “Túnel da Acessibilidade” e uma cartilha informativa sobre inclusão.
Já O Campus Socorro promove oficinas de formação para professores e comunidade, enquanto o Campus Lagarto realizou o I Seminário de Inclusão, Respeito e Diversidade. Essas experiências demonstram como o trabalho dos Napnes tem gerado impacto direto no cotidiano escolar e reforçam a importância da institucionalização das ações inclusivas.
Um canal permanente de visibilidade
A Sessão Especial RAPI é mais do que um espaço de divulgação. Trata-se de um instrumento de fortalecimento institucional das ações inclusivas, garantindo que toda a comunidade acadêmica – estudantes, servidores e parceiros – reconheça e valorize o direito à diversidade. A cada semestre, novas reportagens irão aprofundar aspectos relacionados à acessibilidade e inclusão no IFS, promovendo o diálogo e o compromisso coletivo com uma educação verdadeiramente para todos.


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