Campus São Cristóvão inaugura laboratórios que vão auxiliar na formação dos futuros técnicos em Aquicultura
Solenidade teve a presença do ministro da Pesca e Aquicultura
O Campus São Cristóvão, do Instituto Federal de Sergipe (IFS) inaugurou na tarde desta quinta-feira (9) dois espaços que vão auxiliar os estudantes do curso Técnico em Aquicultura em sua formação, garantindo espaço para pesquisa e aprendizagem. Um deles foi o Ceaqua, Centro de Aquicultura, que abriga os Laboratórios de Liminologia e de Tecnologia do Pescado. O outro, um Laboratório de Aquaponia, localizado em outra área do campus. Juntos custaram R$ 500 mil, verba proveniente de edital do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
De acordo com o professor Robson Lima, coordenador do recém-inaugurado Laboratório de Aquaponia, a instalação vai servir para além de realizar pesquisas e ensino, também será utilizado para capacitar a comunidade próxima ao campus. “Vamos abrir o laboratório para todos os alunos, não apenas os estudantes do curso de Aquicultura. Ele servirá também para a comunidade externa que queira aperfeiçoar suas técnicas e até se profissionalizar”, disse.
O professor Marco Arlindo, diretor geral do Campus São Cristóvão, disse que a localização da instituição é estratégica para a oferta de Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) e para capacitação de comunidades circunvizinhas. “O campus está na divisa dos municípios de São Cristóvão, que além do camarão, as pescadoras cultivam mariscos como ostras e sururu e, Nossa Senhora do Socorro, que é o maior produtor de carcinicultura do estado. Então os laboratórios serão importantes também para a formação de trabalhadores da região, nessa área”, afirmou.
Segundo o Censo de 2024, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em Sergipe, a aquicultura é uma atividade significativa, destacando-se a criação de camarão e peixe. O estado ocupa a 7ª posição entre os estados que mais produzem camarão no país. Em 2023, a carcinicultura apresentou um crescimento de 13,0% em relação ao ano anterior, a produção brasileira de camarão criado em cativeiro atingiu 127,5 mil toneladas. O valor de produção foi de R$ 2,6 bilhões, equivalente a um aumento de 18,3%. Essa estimativa corresponde a um recorde na série histórica da pesquisa, que vem crescendo continuamente desde 2017. Do total da produção de camarão nacional, 99,6% são provenientes da Região Nordeste.
São dados como estes que animam a comunidade escolar. Da gestão aos alunos. O pró-reitor de Pesquisa e Extensão (Propex), José Osman dos Santos, que estava representado a reitora Ruth Sales Gama de Andrade, na ocasião, festejou a inauguração dos espaços. “Os números são animadores e só demonstram a importância desses laboratórios para a formação dos nossos alunos e também na oferta de cursos de extensão a fim de fortalecer o setor produtivo pesqueiro e aquícola no estado de Sergipe”. Já na outra ponta, a aluna do 3º ano do curso de Aquicultura do campus, Kerolayne de Jesus, avaliou que os laboratórios vão melhorar o desempenho dos futuros técnicos. “A minha cidade, Barra dos Coqueiros, é um município importante na produção de aquicultura, principalmente mariscos. Como técnica poderei contribuir para melhorar o manuseio dos pescados e o manejo com o meio ambiente. Creio que essas instalações serão fundamentais para nossa formação”, destacou a aluna.
Retomada da Estatística Pesqueira no Brasil
“Acredito muito no poder da educação; acredito muito no poder da pesquisa”. Assim o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, expressou-se ao inaugurar os laboratórios. Ele disse que os resultados já são palpáveis por saber que os espaços serão utilizados na formação dos alunos do campus e também da comunidade pesqueira. “São ações como estas que justificam nossa passagem pelo ministério. Estou muito feliz por estar em Sergipe e muito realizado, de forma muito especial, no caso desse projeto, que vai ajudar a desenvolver um setor em expansão em Sergipe”, ressaltou.
A inauguração veio no mesmo dia em que foi anunciada a retomada da Estatística Pesqueira no Brasil. O lançamento nacional aconteceu durante evento realizado no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em Aracaju. “O país passou por um apagão de 15 anos. Hoje temos dados confiáveis fruto de um trabalho muito sério. Assim podemos pensar em políticas públicas para o setor que só cresce no Brasil”, disse.
De acordo com o ministro, o setor da Pesca e Aquicultura vive um bom momento no país, com o lançamento, em Brasília, da 7ª edição do Anuário da Aquicultura no Brasil, que teve início nesta semana. “Um documento muito importante, que se soma ao que estamos fazendo hoje aqui, com a retomada da Estatística Pesqueira e que traz de volta a luz de uma gestão séria, eficiente e precisa, para tocar as políticas públicas do setor”, frisou.
Sobre o Curso Técnico em Aquicultura
No IFS, é ofertado no Campus São Cristóvão e tem o objetivo de formar Técnicos de Nível Médio com capacidade para atuarem na produção de organismos aquáticos, como peixes, camarões, ostras, algas, entre outros. Portanto, permite que o profissional habilitado seja protagonista de mudanças na sociedade e participativo no exercício da cidadania. O curso tem duração mínima de 3 anos e máxima de 5 anos. Os técnicos podem atuar em propriedades rurais e fazendas de aquicultura continental ou marinha; cooperativas e associações; empreendimento próprio; empresas do setor hidroelétrico em atividades de repovoamento e avaliação de fauna aquática; instituições de pesquisa, extensão e assistência técnica; além de órgãos públicos e empresas privadas.
Redes Sociais