Entre códigos e gols virtuais, estudantes do Campus Propriá brilham no futebol de robôs
Equipe Kernel Futebol Club conquista medalha e reforça protagonismo estudantil na área de tecnologia
A plateia acompanhava atenta quando a bola digital cruzou a tela em velocidade. A partida estava acirrada e a disputa pelo bronze, decidida no chamado “gol de ouro”, terminou em um placar de 14 a 13. No instante em que a vitória foi confirmada, os três jovens do time Kernel Futebol Club (KFC), do Instituto Federal de Sergipe, Campus Propriá, comemoraram não somente a medalha, mas a certeza de que haviam levado o nome da unidade para um espaço de tecnologia que começa a transformar sua formação. A cena ocorreu durante a terceira edição do Campeonato de Futebol de Robôs por Simulação, realizada no Campus Lagarto, dentro da programação da Escola Regional de Computação Bahia-Alagoas-Sergipe (ERBASE).
A competição reuniu equipes de diversos campi do IFS e teve como público os estudantes dos cursos técnicos integrados e concomitantes. Durante os dias 12 e 13 de agosto, o público pôde acompanhar gratuitamente as partidas, disputadas sempre no turno da tarde. O evento foi promovido com apoio da Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex) e da Coordenadoria do curso de Eletrônica do Campus Aracaju. Para os alunos de Propriá, todos do primeiro ano do curso de Informática, a estreia foi também um exercício de enfrentar limitações técnicas e de tempo, já que conciliavam a preparação com outras atividades acadêmicas e com os Jogos do IFS.
A preparação e os aprendizados
Segundo Igor Vasconcelos, docente responsável pela orientação da equipe ao lado de Edivaldo Góis, a formação do grupo revelou desde cedo os desafios de alinhar entusiasmo e organização. “Eles ainda estão no início da programação, mas demonstraram uma boa capacidade de percepção do problema, gestão de tarefas, assimilação das dificuldades e busca por soluções”. O professor ainda explicou que o campeonato possibilitou o desenvolvimento de habilidades relacionadas à abordagem STEAM — Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática — além da gestão do tempo, análise de risco, tomada de decisão e inter-relacionamento: “Esse tipo de evento propicia aos discentes a oportunidade de integração com seus pares de outros campi e o desenvolvimento de competências comportamentais e técnicas da ciência aplicada ao evento”.
Marcos Augusto Rodrigues Silva, um dos integrantes do KFC, relembra a origem da equipe: “Foi a partir de uma conversa com meus colegas e com o nosso professor que resolvemos formar o time e nomeá-lo”. O estudante de 16 anos foi o responsável por programar o robô, elaborando estratégias em conjunto com os colegas. O esforço coletivo resultou no terceiro lugar, conquistado de forma emocionante na prorrogação. “Foi uma experiência ótima, pelo fato de que nunca tínhamos participado antes do futebol de robô e, na primeira vez, conquistamos o terceiro lugar”, disse Marcos, destacando que a maior conquista foi perceber que o aprendizado em computação e robótica pode ser colocado em prática em situações desafiadoras, abrindo caminho para novas experiências.
A conquista não se limita à medalha. Para o Campus Propriá, trata-se de um marco de fortalecimento acadêmico, de incentivo ao protagonismo estudantil e de reconhecimento externo na área de tecnologia. A experiência também reforça a importância de projetos que unem teoria e prática, ampliando horizontes para os estudantes. “Uma conquista como essa não só enriquece o percurso acadêmico dos alunos, como também inspira outros estudantes e fortalece o reconhecimento do Campus Propriá na área de tecnologia”, resumiu Igor Vasconcelos.


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