IFS e IFSul discutem práticas de Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Intercâmbio propiciou uma troca interinstitucional no tocante à temática de AEE
Em um contexto educacional cada vez mais inclusivo, dados do Ministério da Educação (MEC) revelam avanços significativos na matrícula de alunos com necessidades específicas. Conforme o Censo Escolar 2023, o número total de matrículas na educação especial atingiu 1.771.430, marcando um aumento de 41,6% em relação a 2019, quando foram registradas 1.250.000.
Esses números revelam a necessidade de práticas pedagógicas adaptadas e mais acessíveis, como o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que visa garantir que estudantes, independentemente de suas condições, tenham acesso pleno ao conteúdo e aos benefícios do ensino.
Neste sentido, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), Campus Sapucaia do Sul, uniram-se em uma parceria inovadora, através de um intercâmbio, criando um espaço de diálogo entre as instituições para tratar sobre o AEE. O evento, gratuito, foi realizado na manhã desta sexta, 14, e contou com a participação de coordenadores dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napnes), equipes multidisciplinares, servidores da Pró-reitoria de Ensino (Proen), docentes, profissionais especializados contratados, dentre outros.
A programação incluiu palestras de especialistas, tendo o objetivo de compartilhar práticas, aspectos teóricos e relatos de experiência, promovendo um diálogo construtivo entre os envolvidos. Renata Scherer, primeira professora de AEE do IFSul, e Suzana Trevisan, docente do ensino de Línguas Portuguesa e Inglesa, foram as palestrantes da manhã de aprendizado. As docentes apresentaram a importância de práticas como o Desenho Universal de Aprendizagem (DUA), diferenciação curricular, coensino e tutoria por pares, que têm sido aplicadas de forma eficaz no IFSul Campus Sapucaia do Sul.
Com a mediação da psicóloga e coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Educação Inclusiva (Naedi), Christianne Rocha, o evento propôs uma reflexão sobre as possibilidades e os desafios no desenvolvimento do AEE. “O relato do trabalho desenvolvido pelo Campus Sapucaia do Sul propiciou um rico espaço de capacitação, aprendizado e troca de conhecimentos para a comunidade do IFS, fomentando um ambiente educacional cada vez mais inclusivo e colaborativo”, ressaltou.
Christianne informa que para o plano de trabalho deste ano do Naedi, está previsto mais um momento como esse para o segundo semestre, tratando da temática do AEE. “São poucos os Institutos que têm o AEE e é algo que vem se discutindo na Rede Federal. Tanto que ano passado, foi enviada para apreciação do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) uma política do AEE. É uma demanda que chegará para o IFS, por isso é importante nos aprofundarmos e trazermos essa reflexão para nossas equipes”.
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