Campus Lagarto dá início a ERBASE 2025
Evento evidencia a I.A e Cidades Inteligentes para o Desenvolvimento Regional
A vigésima quinta edição da Escola Regional de Computação Bahia – Alagoas – Sergipe foi oficialmente aberta nesta terça-feira (12), no campus Lagarto do Instituto Federal de Sergipe (IFS). Essa é a segunda vez que a instituição organiza o evento. Contudo, é a primeira vez dentro das instalações do IFS e também a primeira realizada no interior sergipano.
Assim, celebrando os 30 anos do campus, a ERBASE 2025 vem culminar as festividades e consolidar a instituição como referência regional na produção e disseminação da pesquisa e da inovação. “É um evento que está movimentando o campus, movimentando a cidade. E é marcante porque estamos completando 30 anos de existência e optamos, ao longo deste ano, fazer vários eventos para celebrar a data. A ERBASE 2025 é o mais importante, pois estamos recebendo alunos e professores não só do estado, mas também de Alagoas e Bahia, a exemplo do IFAL, IFBA e UFBA”, disse Ricardo Monteiro, diretor geral do Campus Lagarto.
O tema desta edição, “IA e Cidades Inteligentes para o Desenvolvimento Regional”, procura lidar com a atual e crescente presença das tecnologias de Inteligência Artificial em diversos contextos e seus impactos na sociedade, além de abordar as recentes evoluções das TICs, que vêm sendo adotadas para prover serviços e recursos nas cidades inteligentes. Dessa forma, a ERBASE 2025 pretende dar visibilidade a investigações relacionadas a essa realidade e auxiliar na constante atualização de estudantes, docentes e profissionais da área.
Rubens Matos, coordenador geral da ERBASE 2025, disse que esse é um vetor importante do desenvolvimento da computação, da informática no estado de Sergipe e nos estados vizinhos. “O evento tem ajudado a formar pesquisadores da área, já que traz oportunidades aos estudantes de graduação e também do técnico apresentarem pesquisas acadêmicas e protótipos desenvolvidos por eles. Além disso, ajuda na atualização dos estudantes e profissionais da região por meio de palestras, minicursos, oficinas e na interação da comunidade dos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe”, salientou.
A possibilidade de confrontar os problemas e soluções existentes na região dos três estados envolvidos frente às questões correspondentes no âmbito nacional e mundial torna a ERBASE um fórum ideal também para discutir a melhoria das políticas públicas, institucionais e educacionais relacionadas à aplicação da Tecnologia da Informação na sociedade. “Quando a gente incentiva as pesquisas acadêmicas, incentiva a apresentação desses resultados para a comunidade, a gente consegue com que essas pesquisas não fiquem apenas dentro das universidades e instituições de ensino, mas que sejam levadas às empresas e para aplicação na sociedade e mostrar a potencialidade da computação e da informática como vetor de desenvolvimento regional. No caso do setor público, conseguimos nos aproximar e mostrar como serviços públicos podem ser melhorados, a exemplo da aplicação da Lei Geral da Proteção de Dados. Além disso, mostrar como a computação pode ajudar cidades como Lagarto ou Aracaju podem ter sistemas mais automatizados para monitorar, desastres climáticos, gerenciar melhor o tráfego, o controle dos níveis da poluição, entre outras coisas que no contexto de cidades inteligentes, já são utilizados e desenvolvidos nos grandes centros do país”, pontuou Rubens Matos.
A ERBASE e os editais de fomento
As TICs estão em constante evolução e são estratégicas para o desenvolvimento da sociedade. Elas transformam a forma como vivemos, trabalhamos, aprendemos e interagimos, impulsionando a inovação e o progresso em diversas áreas. Esse é um dos grandes objetivos da ERBASE. Mas o evento também conta com apoio de editais que foram cruciais para a inserção de atividades e alunos dentro do evento.
De acordo com José Osman dos Santos, pró-reitor de Pesquisa e Extensão (Propex/IFS), a Pró-reitoria disponibilizou para a ERBASE, editais a fim de garantir recursos para execução de feira de ciências e competições científicas que constam na programação do evento. “A Propex, lança todos os anos, editais para fomentar a execução da política de ensino que articule o tripé ensino-pesquisa-extensão. Em especial dentro desse evento ERBASE 2025, foi contemplado recursos provenientes do edital da FEICOM, de fomento a feiras e competições científicas. Temos por exemplo, o futebol de robôs, importante para a formação integral dos estudantes haja vista que é a apresentação do que eles desenvolveram ao longo dos anos”, disse o pró-reitor.
O diretor de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP), Mário Farias disse que o projeto que culmina na ERBASE, da feira de ciências e do campeonato de robôs por simulação, proveniente do edital da FEICOM, também tem por objetivo fazer interação intercampi. “Além de fomentar a popularização da ciência, fomentamos a interação entre os estudantes dos diversos campi do IFS. Aqui no evento temos estudantes de Propriá, Lagarto, Aracaju, Estância, Tobias Barreto. A gente estimula que eles saiam do seu campus e conheça outros colegas e professores. E aqui na ERBASE eles ainda podem se conectar com estudantes e profissionais de outras instituições de outros estados”, pontuou Mário Farias.
A ERBASE 2025 já mostrou que é um sucesso. São mais de 10 instituições e cerca de 540 inscritos nesta edição. “Ser instituição organizadora do evento e conseguir realizar pela primeira vez dentro do IFS e no interior do estado é uma honra para nós. Essa é mais uma conquista da nossa instituição, graças aos profissionais envolvidos pois isso nos valoriza e dá oportunidades aos nossos alunos”, enfatizou a reitora Ruth.
A ERBASE 2025 segue até a próxima sexta-feira (15) com competições de robôs por simulação e também radiocontrolados; competição entre equipes de programadores com foco em resolver problemas; minicursos sobre tópicos atuais de tecnologia da informação na educação, com foco em pesquisas, práticas e troca de experiências; palestras, workshops como o Meninas Digitais, que exploram ações, projetos e experiências conduzidas por meninas e mulheres na área de computação; WeiBase, de Educação em Informática e Informática na Educação com pesquisas e relatos; XBase, de experimentos inovadores, soluções e protótipos (de hardware e/ou software), entre outros.


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