Campus Lagarto abre as portas para competição tecnológica
Com foco em soluções para o setor agrário, evento foi uma parceria entre UFS, IFS, Embrapa e Prefeitura Municipal de Lagarto
O Campus Lagarto recebeu, no dia 12 de novembro, a etapa presencial do Hackhathon Agro, evento promovido pela Universidade Federal de Sergipe em parceria com o Instituto Federal de Sergipe, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Prefeitura Municipal de Lagarto. O hackathon é uma modalidade de evento em que estudantes de programação desenvolvem soluções inovadoras para problemas de determinada área. A área em questão, nesse caso, foi o setor agrário.
Antes da etapa presencial, os competidores participaram de uma capacitação on-line com especialistas da Embrapa e da UFS para aprenderem sobre pragas frutíferas e modelos de negócios. Essa preparação proporcionou às equipes a organização de ideias com alto poder de aplicabilidade, além de um panorama de soluções já existentes no mercado. Na etapa presencial, as equipes desenvolveram soluções tecnológicas que foram apresentadas em formato de pitch, com duração de dois a três minutos.
Para o Diretor Geral do Campus Lagarto, professor Ricardo Monteiro, o evento dá ao campus a oportunidade de cumprir uma de suas funções, que é a de dialogar com a comunidade e oferecer propostas de soluções para problemas reais do dia a dia dela. “Não somos uma instituição fixa e fechada. Nosso papel, ao contrário, é trocar saberes e ser palco de debates que venham de fora para dentro da instituição e voltem para a comunidade como promoção de desenvolvimento”, afirma o diretor.
Equipe do Campus Lagarto sai vencedora
Mas o Campus Lagarto não apenas sediou o evento, como também inscreveu equipes que colocaram em prática todo o arsenal de conhecimentos adquiridos até o momento em seus cursos. E colocaram em prática de tal maneira que uma delas, formada por estudantes dos cursos de Sistemas de Informação, Engenharia Elétrica e Arquitetura e Urbanismo, sagrou-se campeã da competição.
A equipe criou o RaizSafe, aplicativo móvel que utiliza inteligência artificial para identificar pragas e doenças agrícolas de forma rápida e precisa, tanto online quanto offline. Na prática, o sistema permite que o usuário tire uma fotografia da planta afetada, a qual é comparada com outras do banco de dados do aplicativo para fornecer um diagnóstico imediato e sugestões de tratamento que incluem controle biológico e químico.
“Além de utilizar tecnologias como Flutter e modelos TFlite, o aplicativo se diferencia pela capacidade de aprendizado contínuo e pelo mapeamento preditivo que identifica focos de pragas por geolocalização”, relata João Pedro Santos, estudante de Sistemas de Informação e membro da equipe vencedora, que levou para casa o prêmio de 5 mil reais. “Participar do evento foi uma oportunidade enriquecedora sobretudo no sentido de ampliar nossas habilidades para o empreendedorismo”, conclui João Pedro.
Para Alessandro Viana, que atua na Diretoria de Inovação e Empreendedorismo do IFS e esteve na organização do evento, independentemente dos premiados, o evento sai grande porque mostra que o ecossistema local de inovação está funcionando a contento, pois reuniu diversos agentes em torno de uma agenda que propõe pensar os problemas locais. “Quando o aluno participa de uma maratona como essa, ele consegue entender a gênese da ideia, desde o zero, até a prototipagem, atreladas, claro, a modelos de negócio”, comenta Alessandro.


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