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RESISTÊNCIA

Mês da Consciência Negra leva movimentos sociais para o Campus Lagarto

Escrito por CESAR DE OLIVEIRA SANTOS | Publicado: Sexta, 28 de Novembro de 2025, 11h48

Culminando no último dia 19, evento movimentou toda a comunidade acadêmica com palestras, comunicações orais, intervenções artísticas e apresentações culturais

IMG 8916O mês da Consciência Negra foi celebrado como merece e como precisa ser no Campus Lagarto. Com atividades distribuídas em duas semanas, o evento promoveu oficinas, palestras, mostras culturais e culminou no dia 19 de novembro com a fala de ativistas e apresentações culturais que aqueceram auditório, corredores e outros espaços da instituição.

Promovido pelo Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) com apoio financeiro do Sinasefe, o evento integrou várias turmas dos diversos cursos do campus, as quais se dedicaram ao estudo de personalidades negras da história do ocidente e contribuições da população negra para a cultura. Além disso, houve sessões de comunicações orais sobre eixos temáticos que transitaram de ciência e tecnologia africanas e afrobrasileiras a estudos sobre memória e resistência da africanidade.

Presente no evento, a ativista Elissandra Santana, do Movimento Negro Unificado, ressaltou a importância de se promover o letramento racial nas instituições de ensino, pois, da mesma forma como é local de muitas violências simbólicas, as escolas têm potencial de serem o epicentro da transformação social que fará negros e não negros serem vistos da mesma forma um dia. “Eu sou de uma época em que não se debatia as negritudes no ambiente escolar. É por isso que enxergo o momento atual com muita positividade, apesar das tantas violências que ainda existem”, comentou Elissandra.

Uma das apresentações que alegraram o dia foi a do grupo cultural da comunidade quilombola Sítio Alto, da cidade de Simão Dias. Em ritmo de folguedos, com cantorias e danças, os membros do grupo mostraram como resistência também combina com alegria e expressão artística. Dona Josefa, uma das integrantes do grupo, expôs como surgiram algumas das canções criadas por ela, muitas delas oriundas de situações de dificuldades da comunidade.Dona Josefa

Para a coordenadora geral do evento, a professora Eline Santos, o evento foi desafiador e exitoso na mesma medida, dada a dificuldade de integrar turmas e disciplinas diferentes em torno desse importante eixo temático. “Embora a lei que trata da educação para a história e cultura africana e brasileira seja de 2003, ainda enfrentamos algumas barreiras. No entanto, com o apoio de diversos agentes, conseguimos construir um evento grandioso e significativo para a formação de nossos estudantes”, ressaltou Eline.

Sobre o NEABI

Instituído em maio deste ano, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas do Campus Lagarto é composto por servidores de diversas áreas e alunos de diferentes cursos. O núcleo tem como grande objetivo ofertar ações formativas que promovam a inclusão e a conscientização da comunidade acerca das questões étnico-raciais. Além disso, o núcleo já foi contemplado com editais de pesquisa e vem buscando estreitar a relação entre o pensamento científico e os saberes populares.Aluno André

Monitor do evento do dia 19 e integrante do núcleo, o estudante André Lucas Gois, do curso de Automação Industrial, está finalizando seu ciclo do campus e fez uma conclamação aos estudantes ressaltando a relevância de se discutirem as questões sociais na escola e como o NEABI foi importante na formação humana e acadêmica dele. “Sempre com a leitura de livros, mesas redondas, debates, depoimentos e ensinamentos, o NEABI promove e concretiza o letramento racial, que interessa a todos, e não apenas às pessoas negras”, frisou o estudante.

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